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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Cap 9 - A celebração da vida



As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. (Fernando Pessoa)

O que fazer diante da iminência da morte? A resposta é simples, celebraremos a vida! Existem coisas que são extremamente importantes e não vemos porque estamos ocupados demais buscando glória e poder para nós. Um momento de contemplação nos mostraria a natureza de outra forma, o vento soprando e movimentando as copas das árvores, o mar bravio, desafiando a imponência das rochas milenares, a sabedoria nata das flores quando desabrocham e enchem o espaço de aromas diversos.

A forma como enxergamos a morte altera sensivelmente nosso estilo de vida. Se vivermos crendo que a morte é o fim, nos entregaremos ao sentimento de insatisfação contínua que nos levará ao fundo do poço e nos arrancará toda a esperança no porvir.

Mas se enxergarmos a morte como uma saída, como falamos anteriormente, viveremos a vida com responsabilidade e espontaneamente, de forma que nossa consciência nos deixará em paz e nossa convicção estará embasada em viver bem aqui, para que nossa vida no porvir seja uma continuação melhorada de nossa passagem por esse mundo.

“Só podemos compreender a humanidade da morte compreendendo a especificidade do humano”. Essa é uma declaração de Edgar Morin, cientista social, afirmando que o homem veio ao mundo para um fim específico. Ele não sabe, nem cita nada com respeito a Bíblia, mas foi muito feliz em sua colocação.

Fomos feitos para adorar a Deus, já dizia a confissão de fé de Westminster. Sem viver essa especificidade, nossa vida perde o sentido e a morte ganha espaço.

Celebrar faz bem! Resmungar faz mal.

A celebração que estou anunciando aqui é um estado de coisas onde a gratidão tem lugar de destaque em nossa vida.

Ficaremos mais preocupados em adorar e celebrar do que em levantar campanhas sobre a “injustiça de Deus” ou outro tipo de reclamação contra o que Deus nos tem dado.

Por isso, viva todos os momentos dessa vida com uma atitude de celebração. Deus sabe que aqui é difícil, Ele entende que somos fracos e nos dá força para prosseguir na jornada rumo a eternidade.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cap 8 - A vida encarnada e a câmara da morte



Quem pode deter a encarnação da vida? O evangelho é recheado de passagens sobre a interveção de Jesus diante da morte. A chegada de Jesus na casa de Jairo enquanto sua filha jazia no seu leito, arrancou risadas de carpideiras tamanha a incredulidade do triunfo da vida sobre a morte, mas Jesus pega a menina pela mão e ela se levanta. Ele reinsere a pequenina no mundo dos vivos.
João, relata em seu evangelho no capítulo 4 verso 46 a 54 um episódio em que um nobre de cafarnaum encontra com Jesus em Caná da Galileia e lhe fala do seu filho que está enfermo irremediavelmente, vai morrer, e Ele Desfere uma Palavra ao homem que crendo no sinal vai para a casa ver o que sucedia ao filho. Naquele dia, houve restabelecimento da saúde e salvação para toda casa!
Lázaro, amigo de Cristo, falece e fica 4 dias em seu sepulcro, atado pelas mãos e pés, portando uma máscara mortuária e devidamente podre como um defunto que se preze. Jesus se aproxima da câmara onde está o amigo e ordena que esse saia.
Havia uma tradição no meio dos judeus que dizia que até 3 dias após a morte do indivíduo, o seu espírito ainda paira próximo ao local onde ele está sepultado. Mas o caso de Lázaro era extremo, 4 dias haviam se passado e até para os mais otimistas, o espírito já havia ido embora para seu lugar de descanso.
Eu imagino a cena, as irmãs na expectativa de que Lázaro saísse vivo, os incrédulos aproveitando para confirmar suspeitas de charlatanismo, os espectadores cumprindo seu papel de platéia, e a escuridão da tumba sendo invadida pela luz intensa daquele que é encarnação da vida. Feito isso, uma múmia sai de dentro do sepulcro e se liberta dos trapos que o prendiam e da máscara da morte assombrando a todos sem exceção, curiosos, espectadores, irmãs, incrédulos e etc...
Em todos esses casos, Jesus estava querendo dizer apenas uma coisa: “Ainda não acabou!” A última palavra não é da morte, nem do inferno, mas do autor da vida! Ele está contrariando e suplantando o aguilhão da morte e dando esperança para aqueles que estavam à beira de deixar esse mundo e a outros como Lázaro que já o haviam deixado a muito.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cap 7 - Os imortais


Existe uma classe de pessoas que aconteça o que acontecer, não se vê morta, nem imagina que vai morrer e não tem crises em relação a esse assunto.

São os adolescentes. Outro dia estive falando para um grupo sobre as drogas e sobre sexo, apesar de algumas perguntas mais sérias, o resto não passou de uma grande brincadeira. Isso porque a crença de que a morte não chegará nessa faixa etária é muito firme.

Os testemunhos que ouvimos por aí, é de gente que usou e abusou de drogas mas sobreviveu, é de pessoas que experimentaram acidentes terríveis e escaparam, que estiveram doentes e se recuperaram. Mas a grande questão é que adolescentes também morrem, basta olhar para a realidade das favelas do Rio de Janeiro, ou para os japoneses que vivem sob tamanha pressão que o suicídio tem sido a saída mais comum para que as lutas e a competição cesse.

A “curva” que o dependente quimico fez com sucesso é minoria na estatística, para cada 10 que conseguem escapar, 1000 se afundam nas drogas e jamais se recuperam. O número de adolescentes que morrem em acidentes é absurdamente alto por conta da inconsequência da idade que os leva a colisões catastróficas pelo abuso de velocidade e uso de álcool.

Me faz bem ver a força da adolescência, a disposição, a ousadia, mas nada disso vale a pena se não for bem direcionado. É como um carro que possui um motor potentíssimo, mas que está sem rumo. Muita força e nenhuma direção. Se esse automóvel está desgovernado, sua potencia somente o prejudicará mais na hora que colidir.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Cap 6 - A morte como providência



Queixarmos-nos de morrer é queixarmos-nos de sermos homens”
(Jean Rotrou)

“O dia da morte é melhor que o dia do nascimento” (Eclesiastes 7:1)

Mas a morte é um fardo? Será ela o fim? Afirmo que para aquele que conhece a Deus é uma benção! Porque? Pelo simples fato de não haver outra forma de reconciliação plena com Deus se não for por ela. Depois que o homem pecou e saiu do propósito inicial da criação que seria viver plenamente com Deus em total comunhão, o Eterno sabiamente providenciou a morte a volta ao pó da terra do corpo carnal e a libertação do espírito que torna para Deus e volta a gozar de plena comunhão.
Se o homem não morresse, ele estaria fadado a tristeza eterna, ao enfado, a angústia, a uma vida interminável no pecado. Paulo entendeu perfeitamente que a morte não era o fim quando disse:
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.”Fp 1.21

A morte é o início de uma nova etapa onde a carne não manda mais recados, nem aborrece o espírito. Alguns chegam a dizer que a morte é uma porta de entrada e não de saída. Bem, o fato é que vivemos em um mundo deveras esquecido e materialista então qualquer afirmação desse porte, se torna uma afronta a condição humana.

Morrer é a única forma de desfrutarmos de plena comunhão com o Pai. Lembro de um ditado que diz: “Todo mundo que ir para o céu, mas ninguém quer morrer”.

Esse medo da morte nos tira a compreensão, nos impede de enxergar a certeza da vitória sobre esse inimigo vencido. Porque Paulo diz que o morrer é ganho? Pelo simples fato de que morrer em Cristo é garantia de uma chegada a terra prometida.

A jornada aqui nesse mundo é exaustiva e confusa, mas Deus não disse que iria ser fácil, Ele prometeu que se perseverarmos e vencermos, temos acesso a coroa da vida. A sensação de vazio e a dúvida em torno desse ponto da caminhada, vem sem sombra de dúvida da ausência de intimidade com o Deus que garante a vitória.

Em meio as minhas crises de devoção, devo admitir que grande parte do meu temor em relação a morte estava diretamente associado ao fato de minha aliança com Deus estar desgastada. Isso trazia um desconforto que corrompe a fé e abala as convicções, causando depressão.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cap 5 - O paraíso perdido


“Eu descobri que azul é a cor da parede da casa de Deus” (Chorão – Charlie Brown Jr.)

O que dizer sobre a saída do Éden? Benção ou maldição? Depois de pesquisar entre cristãos que conhecem a história da queda e que refletem a respeito do tema, percebi que 90% acreditam que a expulsão do homem do paraíso foi uma maldição.

Esse livro tem o objetivo de mostrar a você que não é bem assim. Que essa saída foi na verdade a primeira providência divina a favor da humanidade.

Mesmo tendo perdido o paraíso, o homem foi preservado por Deus. Prova disso é estarmos existindo. Quando o homem caiu, era para ele ser automaticamente extinto, fulminado. Porque? Primeiro, porque deixamos o nosso lugar de habitação. E qual o nosso lugar de habitação: Deus.

“Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.” Atos 17.28

E além disso, nos extraviamos d’Ele. Saímos totalmente do rumo estabelecido por Ele para nossa vida. Nos tornamos inúteis.

“Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” Romanos 3.12

Era para Ele nos desintegrar ou para nos desintegrarmos automaticamente. Mas o que aconteceu? Se n’Ele existimos, e nos desviamos, o que estamos fazendo aqui? Fugímos de sua presença e sobrevivemos? Como assim? Porque saímos d’Ele, e fora d’Ele, nada pode existir. A pergunta agora é: Porque ainda estamos vivos?

Bom, seja lá o que for que nos manteve existindo, não vem de nós é dom de Deus.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2.8

Segundo Ariovaldo Ramos “seja lá o que Deus viu para não nos destruir, pode ter certeza de uma coisa meu amigo, Ele viu n’Ele mesmo e não em nós”. E agora, podemos perceber a dimensão da graça que é mais que favor imerecido. A graça é esse elemento que nos permitiu permanecer vivos apesar de nossa pecaminosidade. Foi um presente de Deus.

Deus não só nos manteve existindo, como tb resolveu nos dar qualidade de vida. Logo o primeiro ato da salvação, Deus manifestou alí na expulsão do Éden, ele nos permitiu existir.

Vamos recapitular e olhar com detalhes o que a Bíblia diz sobre o assunto. Primeiro como já vimos anteriormente, foi ordenado ao homem que não comesse apenas da árvore do conhecimento do bem e do mal, e a desobediência lhe traria a morte.

Depois disso, vemos Eva contendendo com a serpente a respeito da legalidade do ato e comendo do fruto da árvore proibida. Além disso, ela oferece do fruto ao homem e ele displicentemente também desobedece a Deus. Resultado, Deus os chama, eles trocam acusações, reconhecem o erro e são expulsos do paraíso.

Mas porque isso? Para que expulsar? Você lembra que existe no jardim uma outra árvore chamada árvore da vida? Pois é, se o homem não fosse expulso do jardim, mais cedo ou mais tarde ele fatalmente comeria do fruto dessa árvore e estaria fadado a viver eternamente no pecado. Visando libertar o homem desse pesadelo, Deus prefere afastá-lo do Éden e cercar a árvore com um querubim e uma espada que dança em volta de todas as entradas que levam a ela.

“Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.” (Gen 3.22-23)

Pense bem o que seria viver eternamente no pecado? Deus nos poupou disso quando os levou para fora do paraíso.

Como o homem não tem mais acesso ao alimento que o faria viver para sempre, Ele agora se torna mortal. Ele abriu mão daquilo que era um privilégio por conta da sensação de transgredir.

domingo, 28 de junho de 2009

Cap 4 - O problema da mortalidade - parte 4 (Perda)


Perda

 A sensação de que a vida vai continuar apesar de nossa morte nos trás um sentimento de perda sem igual. Perda das expectativas de vida, dos sonhos que vão ficar sepultados e que se perderão no sepulcro, perda dos momentos que deixamos de viver enquanto tínhamos possibilidade de viver, perda daquilo que conquistamos materialmente aqui.

Creio que a pior dessas perdas não é material, mas abstrata. Reside nos bons momentos que deixamos de viver. Isso inclui os livros em nossa estante que deixamos de ler, as músicas que jamais ouvimos, o nascer e por do sol que jamais paramos para ver, as viagens que deixamos de fazer, os amores que deixamos de viver, os livros que deixamos de escrever, os laços de amizade que ignoramos e assim por diante.

Quando chegar a hora, o leito onde vamos descansar deve estar cheio de boas lembranças e não repleto de insatisfações e sentimentos de inutilidade. Aproveite a vida, viva intensamente, e não deixa que nada se perca.

sábado, 27 de junho de 2009

Cap 4 - O problema da mortalidade - parte 3


Dor

Quando falo de dor, me refiro ao momento da partida. Os médicos concordam que tecnicamente não há dor na morte. Os momentos que a antecedem podem envolver tubos, fios, e aparatos incômodos para a pessoa que está ali perto do momento de partir. Mas na hora “H” os relatos que ouvimos é de uma súbita melhora no quadro clínico e uma passagem tranqüila.

A explicação científica para isso é que quando se está para morrer, o corpo dispensa uma última descarga de energia para tentar impulsionar o homem de volta a seu estado normal. É o que de forma popular chamamos “melhora da morte”. Além disso, o corpo tem dispositivos contra a dor intensa e “desliga” ao sinal de que a dor está se tornando insuportável. O que achamos uma morte horrível, pode o ser para nós, mas para quem esteve na situação pode ter sido algo sem dor. A morte é muitas vezes imprevisível e imperceptível, portanto a dor, não faz parte da morte, mas do estado que a antecede. Nosso medo não deve ser de morrer, e devemos ficar com as palavras de Salomão que nos diz: “Há tempo de nascer e tempo de morrer...”

O que é o sentimento de dor diante da morte? É a nossa reação ao recebimento da notícia de que alguém partiu. Quem morre não sente dor, segundo os médicos. A dor é para quem fica e advém da falta de conformidade, da insatisfação diante da perda. O que dói é receber a notícia e digeri-la.

Quando meu tempo chegar, quero estar cercado de amigos, desfrutando dos laços profundos de afetividade que Deus me proporcionou nessa vida tão breve!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cap 4 - O problema da mortalidade - parte 2



Separação

Quando alguém querido vai embora desse mundo, o que pensamos imediatamente é que jamais veremos essa pessoa novamente. De que fomos abruptamente separados e que desde então uma grande ferida está aberta em nosso coração e o bálsamo necessário para sará-la não chegará.

A verdade é que o curso natural das coisas é esse mesmo, um dia todos prestaremos contas a Deus fora desse mundo. Sair dessa carne, nos trará união com o criador, nos levará a presença de nosso Pai e nos trará descanso eterno. Isso espanta de uma vez por todas a questão da separação eterna, visto que está é momentânea.

Em algumas culturas as pessoas celebram a morte como um momento de religação do ser humano com Deus. Em outras culturas acreditam que a vida é cíclica, e que quando morre alguém, automaticamente nasce alguém para substituir aquele que se foi. Isso até pode amenizar a idéia de separação, mas para que possamos dormir em paz em relação a esse tema, é preciso mais que cultura, necessitamos do entendimento Bíblico a respeito desse tema e do consolo de Deus que nos trata e nos conforta em tamanho momento de reflexão.

Cap 4 - O problema da mortalidade - parte 1


“O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo” (Leon Tolstoi)

“A morte é o repouso, mas o pensamento da morte é o perturbador de todo o repouso” (Cesare Pavese)

“Os homens temem a morte como as crianças temem ir ao escuro; e assim como esse medo natural das crianças é aumentado por contos, assim é o outro.” (Francis Bacon)


Porque temos tantos problemas com a morte? Porque algumas pessoas pensam fixamente nela?

Os nossos temores em relação a esse momento estão diretamente relacionados ao fato de que quando Deus nos criou, Ele não o fez com intuito de findar nossos dias, mas de vivermos eternamente em comunhão com Ele. Somos Sua coroa da criação.

Deus não fez o homem para morrer! Foi o homem quem escolheu isso, não Deus. Portanto, não podemos culpar a Ele porque um dia todos aqueles que gostamos deixarão esse mundo. Além do mais, estou convencido que a morte não é o fim e isso é essencial para que nosso medo seja substituído por consolo e conforto. O fato de que a jornada é penosa, mas a chegada em casa é garantida pode atenuar o dano emocional natural que sofremos quando alguém parte. A morte é laica, ela não escolhe por religião quem quer levar. Todo dia, espíritas morrem, budistas morrem, católicos morrem e pasmem protestantes também morrem.

Outro fator que acentua o drama da partida é a noção de que a morte está ligada à separação, dor e perda.


CONINUA AMANHÃ...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cap 3 - Por quem os sinos dobram



A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti (John Donne)



Na Inglaterra, em 1600 d.C, os sinos tinham um papel importante na sociedade em que John Donne viveu. Eram eles que anunciavam os eventos importantes da comunidade. Notícias de paz e guerra, de alegria e dor, de vitórias e derrotas. Tocavam proclamando a vida e a morte de uma pessoa. Era com badaladas que denunciavam o número dos anos de sua vida. Um relógio e calendário de vivos e mortos. A praxe em caso de falecimento era sair de casa e tentar descobrir quem passou dessa para melhor.

Porém John Donne, anglicano, clérigo, resolveu escrever algo que revolucionou a idéia de sondar a identidade das pessoas que morreram. Ele escreveu um poema chamado “Por quem os sinos dobram” do qual eu ressalto o texto que inseri abaixo do título desse capítulo.

A questão é que um dia inevitavelmente os sinos dobrarão por nós e as pessoas sairão às ruas para descobrir a identidade do morto, e o nome que encontrarão na porta do velório será o seu.

Como aproveitaremos essa vida, já que ela é breve e cedo ou tarde os sinos dobrarão por mim e por você? Como deixar um legado de paz e igualdade para as próximas gerações?

O que faremos quando os nossos melhores anos se passarem e sentirmos a proximidade da morte? Nossa vitalidade não será mais a mesma, nosso ímpeto estará calejado, estaremos por natureza mais comedidos. É preciso aproveitar esse tempo onde supostamente os sinos dobrarão apenas para nos dar boas notícias para acrescentar a esse mundo sentido para que outras gerações venham e vivam uma utopia possível.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cap 2 - A origem da morte


“Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
(Gen 1.17)

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” (Romanos 5:12)



Enquanto o homem não comesse do fruto produzido pela árvore do conhecimento do bem e do mal nada seria imputado a ele. Deus havia previamente avisado a Adão que ele poderia comer de todo fruto que o jardim lhe oferecesse, mas daquele fruto especificamente ele não comeria, porque no dia em que fizesse tal coisa, ele experimentaria certamente a morte.

“E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gen 2.16-17)

Bom, mais tarde percebemos que a limitação estabelecida por Deus não foi respeitada por Eva e ela comeu do fruto e ainda deu a Adão para que ele também provasse. Algumas pessoas acreditam que Eva foi mesmo enganada pela serpente, mas se você olhar a escritura, perceberá que isso não aconteceu, visto que Eva arrazoou, questionou, argumentou com a serpente que sugeriu a transgressão do que Deus estabeleceu e assim foi convencida de que provar do fruto era o melhor a fazer.

É claro que a serpente não era inexperiente na arte de argumentar, ela possuía níveis de astúcia e malignidade avançados demais para um mero animal recém criado.

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gen 3.1-6)

Então o homem caiu. E com sua queda, uma série de coisas aconteceram.
Veremos aqui a seqüência de Gênesis 3 sobre esses acontecimentos. Primeiro, eles perceberam a nudez de forma maliciosa (verso 7). Segundo, trocaram acusações e tentaram transferir a responsabilidade de provar do fruto (versos 12 e 13). Terceiro, submeteu a mulher a dar a luz com dores incríveis e a colocou debaixo da autoridade do homem (verso 16). Quarto, por conta do pecado, Deus tornou a terra maldita (Verso 17). Quinto, O homem agora passa a ter necessidade de comer, ele não desfrutará mais por prazer do alimento que a terra dá, mas por fome e necessidade de manter-se vivo (Verso 17). Sexto, o homem viverá por toda sua vida responsável por levantar seu sustento (Verso 19). Sétimo, ele experimentará a morte (verso 19).

Concluindo, o pecado cometido no éden trouxe a morte para o homem. Veremos adiante, a razão desse ato e entenderemos algumas questões cruciais sobre a necessidade de morrer.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Cap. 1 - A origem da vida



Você já parou para pensar sobre o início da vida? A ciência e os grandes estudiosos vêm tentando desvendar esse mistério há milênios. Alguns acham que a vida nasce de um conglomerado de células, que em dado momento se organizam e “viram” uma vida. Ao contrário do que pensamos Deus não inventou a vida na criação. Ela sempre existiu, o nosso conceito é que sempre foi diferente. Quando Jesus diz em João 11.25:

“Eu sou a ressurreição e a vida...”

Ou em João 14.6:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida...”

Na verdade Ele está dizendo que antes mesmo de qualquer ato referente ao início de todas as coisas, a vida já emanava do próprio Cristo. Isso é uma revelação exuberante das escrituras, mas a humanidade não reconhece a autoria de sua existência. Ele é a própria origem e ao mesmo tempo a fonte dela.

O que entendemos como vida na criação, a Bíblia chama de sopro ou fôlego, o que torna o homem e os demais seres, “alma” vivente. Isso estaria relacionado com a noção de que alguém colocou essa energia dentro dos seres que agora existem.

“E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”(Gen. 2.7)

Sem o sopro de Deus somos apenas matéria inanimada, desprovidos de qualquer movimento ou pensamento. Não estamos falando aqui da vida espiritual, mas do aspecto físico, da iniciativa divina de produzir companhia para si não por se sentir sozinho, mas para ampliar a comunidade que antes habitava apenas no âmbito da Trindade. Deus quis criar seres a Sua imagem e semelhança, e dessa forma, seria impossível que Ele fizesse algo desprovido de vida.

Vitória sobre a morte!


A partir de hoje, estarei lançando meu mais novo livro aqui na net. Vitória sobre a morte é um tratado sobre a vida e reflexões sobre aquilo que muitos temem e outros nem tanto: A morte!

Desfrute da leitura e divulgue se gostar, espero que ajude na fé dos irmãos!