segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cap 5 - O paraíso perdido


“Eu descobri que azul é a cor da parede da casa de Deus” (Chorão – Charlie Brown Jr.)

O que dizer sobre a saída do Éden? Benção ou maldição? Depois de pesquisar entre cristãos que conhecem a história da queda e que refletem a respeito do tema, percebi que 90% acreditam que a expulsão do homem do paraíso foi uma maldição.

Esse livro tem o objetivo de mostrar a você que não é bem assim. Que essa saída foi na verdade a primeira providência divina a favor da humanidade.

Mesmo tendo perdido o paraíso, o homem foi preservado por Deus. Prova disso é estarmos existindo. Quando o homem caiu, era para ele ser automaticamente extinto, fulminado. Porque? Primeiro, porque deixamos o nosso lugar de habitação. E qual o nosso lugar de habitação: Deus.

“Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.” Atos 17.28

E além disso, nos extraviamos d’Ele. Saímos totalmente do rumo estabelecido por Ele para nossa vida. Nos tornamos inúteis.

“Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” Romanos 3.12

Era para Ele nos desintegrar ou para nos desintegrarmos automaticamente. Mas o que aconteceu? Se n’Ele existimos, e nos desviamos, o que estamos fazendo aqui? Fugímos de sua presença e sobrevivemos? Como assim? Porque saímos d’Ele, e fora d’Ele, nada pode existir. A pergunta agora é: Porque ainda estamos vivos?

Bom, seja lá o que for que nos manteve existindo, não vem de nós é dom de Deus.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” Efésios 2.8

Segundo Ariovaldo Ramos “seja lá o que Deus viu para não nos destruir, pode ter certeza de uma coisa meu amigo, Ele viu n’Ele mesmo e não em nós”. E agora, podemos perceber a dimensão da graça que é mais que favor imerecido. A graça é esse elemento que nos permitiu permanecer vivos apesar de nossa pecaminosidade. Foi um presente de Deus.

Deus não só nos manteve existindo, como tb resolveu nos dar qualidade de vida. Logo o primeiro ato da salvação, Deus manifestou alí na expulsão do Éden, ele nos permitiu existir.

Vamos recapitular e olhar com detalhes o que a Bíblia diz sobre o assunto. Primeiro como já vimos anteriormente, foi ordenado ao homem que não comesse apenas da árvore do conhecimento do bem e do mal, e a desobediência lhe traria a morte.

Depois disso, vemos Eva contendendo com a serpente a respeito da legalidade do ato e comendo do fruto da árvore proibida. Além disso, ela oferece do fruto ao homem e ele displicentemente também desobedece a Deus. Resultado, Deus os chama, eles trocam acusações, reconhecem o erro e são expulsos do paraíso.

Mas porque isso? Para que expulsar? Você lembra que existe no jardim uma outra árvore chamada árvore da vida? Pois é, se o homem não fosse expulso do jardim, mais cedo ou mais tarde ele fatalmente comeria do fruto dessa árvore e estaria fadado a viver eternamente no pecado. Visando libertar o homem desse pesadelo, Deus prefere afastá-lo do Éden e cercar a árvore com um querubim e uma espada que dança em volta de todas as entradas que levam a ela.

“Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.” (Gen 3.22-23)

Pense bem o que seria viver eternamente no pecado? Deus nos poupou disso quando os levou para fora do paraíso.

Como o homem não tem mais acesso ao alimento que o faria viver para sempre, Ele agora se torna mortal. Ele abriu mão daquilo que era um privilégio por conta da sensação de transgredir.

Um comentário:

  1. Bom dia Márcio, muito bonito o seu texto. Deus é maravilhoso

    bjs boa semana

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