Uma nova roupagem para Jesus.

Por favor, leia Mt 27.31. Essa passagem nos mostra algo que fazemos freqüentemente com Jesus. Assim como os soldados fizeram, nós, todos os dias, colocamos em Jesus a nossa própria roupagem e o revestimos de nossos próprios pensamentos.

Dietrich Bonhoeffer quando esteve preso em 1944 já se preocupava com isso tanto que quando disse o seguinte: “O que me preocupa incessantemente é a questão de quem é Cristo de fato para nós hoje?”

Helmut Thielicke foi muito sincero quanto a isso quando disse: “Sempre e sempre de novo, a figura de Jesus tem sido terrivelmente amputada, a fim de adaptar-se ao gosto de cada geração”

Isso não começou hoje, Paulo já alertava o povo contra os falsos mestres que andavam pregando um “outro Jesus que não temos pregado” 1Co 11:4

O Jesus asceta que é venerado por monges – hoje em dia é representado por crentes que acham que para andar com Jesus é preciso abdicar de tudo que Deus criou para desfrutarmos para sermos considerados santos./ Confrontado pelos contemporâneos que dizem que Ele veio comendo e bebendo (Mt 11.19)

O Jesus pálido galileu, que o imperador Juliano, o apóstata,  tentou mostrar como alguém frágil e apenas sobrenatural, quase um fantasma ao tentar reimplantar o culto pagão em Roma após Constantino. Representado hoje em dia por grupos que precisam de algo a mais do que o sacrifício de Jesus para obterem a benção. Dizem que em seu leito de morte em 363d.C Juliano disse: “Você venceu, galileu!” “Tu conquistaste ó pálido Galileu! Teu respirar deixou o mundo em sombras!”

O Jesus Cristo palhaço do Gospel. Que vive o tempo todo cantando e dançando em busca de dinheiro e que não leva sua missão a sério.

O Jesus Cristo superstar a celebridade desiludida que uma vez pensou saber quem era mas que se perdeu rumo ao Getsemani em uma crise de identidade.

Durante toda a história da igreja (e principalmente hoje) Jesus tem passado por um processo de constante crucificação, açoitado, trancafiado em sistemas e filosofias. Mas o milagre maior dentro de toda essa história é que não importa o quanto o rebaixamos, ELE sempre e sempre ressuscita de novo.

E no mais, tudo na mais santa paz!