segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O cristão deve se envolver com política?

Conheço inúmeros cristãos que gostariam de se candidatar! Os motivos são variados. Um porque não arrumou nenhum emprego e quer faturar uma grana se elegendo, outro porque se sente vocacionado para a política e outro porque é uma ótima oportunidade de ganhar status. De qualquer forma, é um assunto delicado. Porém, precisa ser abordado com clareza e lucidez para que o povo de Deus receba orientação sobre a postura do crente na sociedade com relação a política.

No tocante ao cristão, membro de igreja, candidatar-se, o único pré requisito que o habilitaria a tal feito seria a motivação certa. Quanto a eleger-se, existem outros fatores, mas quanto a seu ingresso na política como candidato ser movido pela motivação de ser um político honesto que legisla em prol dos menos favorecidos e que manifesta o caráter de Cristo sem negociar seus valores é essencial. Sem isso, você será só mais um politiqueiro mergulhado no mar de lama da política brasileira. Tem que entrar pra fazer diferença!

No tocante ao engajamento em estar a par da política brasileira, isso é dever de todo brasileiro, seja ele crente ou não. Porque sem envolvimento nas questões políticas, sem entender plataformas de governo e outras coisas básicas, é impossível eleger bons políticos. É esse é um dos motivos pelo qual existem tantos políticos corruptos que carregam o rótulo de cristão. O camarada se candidata, daí o crente que não se engaja, não vê o caráter, o currículo e a plataforma de governo, elege o cara só porque ele se diz crente. Isso se dá porque estima-se que somos 1/4 do colégio eleitoral brasileiro e nas eleições para vereador por exemplo, temos poder de eleger uma bancada inteirinha em nossas cidades.

Agora, a relação ministério x política, no sentido de candidatura, é mais complexa. Creio que não é saudável, digo saudável, a candidatura de um pastor que dirija diretamente uma igreja ou denominação. Não que seja proibido, cada um faz o que bem entender da vida, mas eu mesmo já rejeitei um convite onde seria eleito certamente por conta do ministério. Hoje queridos leitores, quanto aos vocacionados ao ministério pastoral, creio que Deus precisa mais de pastores do que de políticos. Os motivos? Ora, os motivos são óbvios. O pastor que troca o privilégio de ser pregador do Evangelho para se eleger a um cargo público qualquer está com os valores invertidos. Não sou radical ao extremo, e creio que acessoria parlamentar, ser um conselheiro do governo e outras funções de bastidores podem ser exercidas pelo pastor, mas dedicar-se integralmente a um cargo público requer um cuidado e abnegação do ministério pastoral, e isso, eu não faria por nada.

Pastores, não transformem suas igrejas num curral eleitoral, deixem os membros livres para votar em quem bem entenderem, caso contrário, você abandonou seu papel de orientador e passou a ser um manipulador. Orientar o povo com valores para escolher o candidato é uma coisa, manipular o povo e usá-lo como massa de manobra é outra.

E no mais, tudo na mais santa paz!

5 comentários:

  1. Exato...concordo plenamente...primeiramente o cristão mesmooo aprende na Bíblia que nenhum ser humano poderá resolver os problemas da humanidade, então, pq o próprio pastor vai lá se candidatar? oO
    Há fiéis que não param pra raciocinar um pouco e ver certas coisas que estão mais que explícitas.
    Minha opinião é que devem ser como água e óleo...não se misturar. Abraços e parabéns pelo blog. http://maisqhistoria.blogspot.com

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  2. Caro Pr. Márcio,

    Sua reflexão é muito oportuna, e, no que tange a relação entre ministério pastoral e política, coincide com um post que publiquei recentemente em meu blog. Gostaria que o Sr. desse uma olhada.

    http://andersonpaz.wordpress.com/2010/07/26/o-que-os-apostolos-diriam/

    Em Cristo.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Oi Pr, bacana seu Blog!
    Visita o meu humilde blog e siga tamb´me se possível.

    Pode Crer que vai ver minha participação aqui ^^

    abs na PAz de Cristo
    www.tonofgod.blospot.com

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  5. Bem, se a política cumprisse o propósito pelo qual ela existe, seria muito bom. Mas na prática o que se vê é muito diferente. E num regime democrático não se pode governar seguindo as orientações bíblicas, pois muitos iriam ficar insatisfeitos. Se queremos fazer a diferença neste mundo com certeza não será através da política. Infelizmente ainda existem cristãos, que parecem não entender a bíblia, e querem tomar como exemplo o caso de Daniel na Babilônia, só que o contexto era totalmente diferente, e Daniel tinha postura de servo de Deus, coisa muito difícil de encontrarmos hoje em dia. Assista Pb. Lourenço no youtube.

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