domingo, 13 de junho de 2010

De onde vem as lembranças eternas?


Tem tantas coisas que não valorizamos e que não nos custam nada. Aquilo que nos é dado gratuitamente é facilmente desprezado. Se fizermos uma retrospectiva dos nossos bons momentos ficaremos impressionados em ver quantos deles aconteceram enquanto não gastávamos nada, em campo aberto, com o vento fresco batendo no rosto, balançando a camisa larga, enchendo nosso pulmão com sua presença.

Quantas vezes nos pegamos em crises de riso por nada demais, mas que no seu idioma secreto com seu melhor amigo acabam fazendo um sentido espetacular. Sempre me pego no seio de minha família admirando os pequenos movimentos que minha mãe faz com as mãos, as marcas da experiência no seu falar e no seu olhar generoso, e isso me traz uma alegria, uma sensação indescritível em saber que tenho muito dela e que um dia vou reproduzir esses bons momentos com meus filhos e netos.
O som do Crombie quando estou escrevendo ou pensando na vida, as cores da estrada de Angra dos Reis quando vamos lá no Ezequias, a imponência do mar que nos tira o fôlego na mesma estrada quando contemplamos a vista do mar aberto, a força da chuva na janela do condomínio onde moro, o embalo das cantigas de Gerson Borges, Josué Rodrigues, a guitarra de John Mayer, o Gustavo ministrando louvor, são coisas que eu jamais conseguirei agradecer a Deus por ter me permitido viver e aproveitar, são momentos que não me custaram nada mas que me renderam lembranças eternas.

E no mais, tudo na mais santa paz!

Um comentário:

  1. Bom dia, Pr.Marcio.

    Maravilhoso esse post, porque me fez lembrar de coisas que aos olhos de muitos não tem valor nenhum, mas pra quem passou pela situação e está em sintonia com a pessoa ou pessoas que passaram tal situação juntos, faz todo sentido. Só pra ter idéia, saio todos os dias para trabalhar e uso como atalho um caminho que fica entre uma maternidade, um hospital e um cemitério...para chegar no ponto de ónibus e, ali naquele momento dá pra pensar num monte de coisas, principalmente agradecer a Deus pelo dia, por estar respirando...faço isso quando está sol, chuva, frio, ainda com cara de noite. Justamente porque passo por esses lugares, penso que dentro do hospital, alguém que está internado gostaria de estar indo trabalhar com qualquer clima do tempo. Tenho 34 anos e lembro quando me separei (ainda nao conhecia a Cristo como salvador), isso faz 12 anos, is buscar meu filho numa cidade vizinha, pegava 4 conduções pra buscar ele e, ele amava passear de onibús comigo, falava que a mãe tinha carro, mas quando estavam dentro do carro eles não conversavam e a mãe não ensinava coisas do centro da cidade como eu fazia (falei isso pra mãe dele, afim de que ele percebesse). Hoje sei que temos de agradecer a Deus por tudo que passamos, pois se tirarmos proveito das situações, conseguiremos criar filhos de verdade, saberemos aconselhar de verdade...fazer com que dê importância nas "pequenas" coisas da vida.

    Abraços, que Deus abençoe sua vida e familia.

    Naú.

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