Ficar, pode?

Bem, essa foi uma sugestão da minha amiga Alinne do Clamor por Niterói. Escrever sobre isso me faz pensar no quanto é importante estabelecer compromissos. Não gosto de relativizar nada, mas com relação ao assunto "ficar" precisamos pensar nos caminhos que levam a "ficada".

Por exemplo, o que acontece hoje em dia é que jovens e adolescentes estão beijando na boca e transando sem compromisso. Isso é, encontrou na noitada, trocou uma idéia mínima e pronto "ficou". Essa atitude é extremamente prejudicial porque destrói o senso de companheirismo e macula o outro profundamente.

Mas eu queria aqui colocar uma pulga atrás da sua orelha. Se o casal se gosta e está "ficando" mas para não dar alarde a igreja resolve não explicitar essa relação de cara, porém o intuito dos dois é assumir um namoro, isso seria condenável? Não seria apenas uma questão de prudência se existe o compromisso entre as partes de assumir o relacionamento?

Você acredita que para namorar você precisa se expôr mesmo que seja uma investida para que o amor se defina dentro de você através de conhecer o outro melhor, já que o amor é uma escolha? Não estamos falando de tirar sarro do outro enquanto isso acontece.

O que não é admissível é a "ficada" descompromissada para curtir, aproveitar e pronto mandar embora, ainda que de comum acordo. Não é admissível também promover a "ficada" como forma de experimentar o outro. Mas cobrar que duas pessoas que estão se conhecendo e passando por um bom momento de conversa assumam logo um namoro para que todos vejam é invadir a privacidade do outro e antecipar um processo que pode ter um desfecho especial para o casal.

Por fim, ficar por ficar não é legal, mas ficar porque existe um sentimento com intenção de namorar é válido?

E no mais... tudo na mais santa paz!