Morre Amy Winehouse e a síndrome dos 27 anos continua.

Amy Winehouse morreu, o rock não. Com essa declaração foram selados diversos túmulos de ícones da música mundial. Dona de uma voz sem igual, de um talento monstruoso e de um visual no mínimo exótico a britânica de 27 anos se foi por "motivos desconhecidos".

Prefiro ao invés de condenar, lamentar por Amy Winehouse e por todos os outros “imortais” que se foram aos 27. A lista é imensa: Brian Jones, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e, agora, Amy. E esses são apenas os mais famosos. Tem ainda Kristen Pfaff (Hole), Gary Thain (Uriah Heep), Alan Wilson (Canned Heat), Pigpen (Grateful Dead), Rudy Lewis (Drifters).

Mas por que a síndrome dos 27 anos assola os astros e transforma-os em cadáveres? Um dos motivos é a sensação de imortalidade que a fama trás. Nenhum deles se via morto, achavam que iriam completar a curva que separa vivos e mortos ilesos.

Assim acontece diariamente não só com famosos, mas com vários anônimos que acham que podem sobreviver a uma vida gasta em coisas vãs. Sou conselheiro em dependência química e como tal já ouvi diversos testemunhos de pessoas que foram ao fundo do poço e foram libertas das drogas. O grande problema é que para cada 1 que se livra da droga e consegue fazer a tal curva, 50 fracassam e morrem esborrachados no fim da curva.

A falsa impressão de segurança, nos leva a ir mais longe do que deveríamos. Que pena... Sabe-se lá o que Jim Morrison, Jimi Hendrix e Kurt Kobain poderiam estar produzindo hoje? Hoje eu não os culpo, nem condeno, apenas lamento.

 E no mais, tudo na mais santa paz!