No meio do
agito do Natal, não podemos perder o foco do que significa o Natal. Digo a
tradição natalina! Não a
tradição consumista que acaba com as pessoas de forma que a noite de Natal
muitas vezes ao invés de ser prazerosa é uma noite infeliz de tão cansado que o
sujeito está do corre corre preparativo do evento Natal.
Natal não é
a troca desenfreada de presentes quase que por obrigação.
Natal não é
encontrar com os amigos e parentes para confraternizar, isso deveria acontecer
toda semana!
Natal não é
o feriado embora ele seja excelente pra quem rala o ano inteiro e quer dar umas
férias para os seus pés.
Muitos são os que desejam "Boas
Festas" aos seus amigos no período natalino. Talvez porque para eles o
Natal não seja mais que isso! FESTA! FERIADO!
Segundo
a Enciclopédia Católica, “o Natal não era considerado entre as primeiras festas
da Igreja. Os primeiros indícios da festa provêm do Egito. Foi no século V que
a Igreja Católica determinou que o nascimento de Jesus Cristo fosse celebrado
no dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do Sol, isto porque
não se conhecia ao certo o dia do nascimento de Cristo. Não se pode determinar
com precisão até que ponto a data da festividade dependia da brunária pagã (25
de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais
curto do ano e o “Novo Sol.
A encarnação é Deus entrando no tempo fisicamente. É claro que existiram
outros momentos em que Deus se encontrou com seres humanos na história: com
Adão e Eva no Jardim, com Noé, com os patriarcas e Moisés, com Isaías no
templo, e assim por diante. Ele apareceu a Israel no deserto, na nuvem e no
fogo, por mais de quarenta anos. Sua glória desceu sobre o tabernáculo e no
templo.
Mas isso são "teofanias" ("aparições" de Deus), não
encarnações. Neles, Deus não se tornou carne para sempre, para morrer pelos
pecados e ressuscitar para a glória. A encarnação é única!
A encarnação fez com que aquele que conhece todas as coisas ( João 16:30
, 21:17 ) deva "crescer em sabedoria" ( Lucas 2:52 ). Que o
todo-suficiente ( Atos 17:25 ) tenha fome e sede ( Mat. 04:02 , João 19:28 ).
Que o criador de tudo deve ser sem-teto (Mat. 8:20). Que o Senhor da vida deve
sofrer e morrer. Que o próprio Deus em carne deva suportar afastamento de Deus,
o Pai ( Mateus. 27:46 ).
A encarnação mostra que Jesus, o Filho de Deus, que conhece o fim desde
o início (Is. 46:10), deve ver o seu plano eterno desdobrar pouco a pouco, a
cada momento. Ele cresce desde a infância, a idade adulta, respondendo a
eventos como eles acontecem. Uma vez ele se alegra, outra vez ele chora. De dia
para dia, de hora em hora, o Deus imutável permanece mudança.
A encarnação significa que Deus que nos
ama tanto, tão maravilhosamente, tão poderosamente, que ele entra no tempo em
nosso favor e para nos salvar. Com o único propósito de providenciar salvação
para nós.
Então, o Natal revela de uma forma maravilhosa
que Deus age no tempo, bem como acima dele. Infelizmente,
numa sociedade materialista e consumista, o tal Papai Noel é mais desejado do
que Jesus de Nazaré, afinal de contas, ele é o cara que satisfaz os luxos e
desejos de todos quantos lhes escrevem missivas recheadas de vaidades e
cobiças. O
espírito consumista e mercantilista do natal, bem como a ênfase no papai Noel,
se contrapõe a mensagem do evangelho que anuncia que Deus amou o mundo de tal
maneira que deu seu filho pra morrer por nós. Aliás, esta é a grande nova! Deus
enviou seu filho em forma de Gente!
Sem sombra de dúvidas, sou absolutamente contra este “espírito mercantilista natalino”. No entanto, acredito que antes de qualquer posição, decisão ou dogmatização, quanto ao que fazer “do e no natal” devemos responder sinceramente pelo menos três indagações:
1. Será que existe alguma festividade ou festa no mundo que tenha o
poder de convergir tanta gente em torno da família, do lar como o natal?
2. Em virtude do grande poder e influência que o natal exerce na sociedade
ocidental será que não deveríamos aproveitar a oportunidade e anunciar a todos
quanto pudermos que um “menino nos nasceu e um filho se nos deu”?
3. Seria inteligente de nossa parte desconsiderarmos o natal extinguindo-o
definitivamente do “nosso” calendário em virtude do“espírito mercantilista
natalino” que impera na nossa sociedade?
Apesar de não observarmos textos
bíblicos que incentivem a celebração do natal, é perceptível em diversas
passagens a importância do nascimento e encarnação do Filho de Deus. As
escrituras, narram com efusão o nascimento do Messias. Se não bastasse isso,
sem a sua vinda, não nos seria possível experimentarmos da salvação eterna e da
vida vindoura. Portanto, comemorar o natal, (ainda que saibamos que Jesus não
nasceu no dia 25 de dezembro) significa em outras palavras relembrar a toda a
humanidade que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito,
pra que todo aquele que nele cresse não perecesse mais tivesse vida eterna.
O que podemos aproveitar como cristãos do Natal?
1. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de evangelização. Vale a pena ressaltar que Jesus usou as
festas judaicas como meio de evangelização.
2. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de reconciliação e perdão. Repare quantas famílias se
recompõem, quantos lares são reconstruídos, quantos pais se convertem aos
filhos e quantos filhos se convertem aos pais.
3. O natal nos oferece uma excelente
oportunidade de sermos solidários em uma terra de solitários.
Tenho para mim que o natal pode nos auxiliar a lembrarmos que a vida deve ser
menos solitária e mais solidária. Isso porque o natal nos aponta o
desprendimento de Deus em dar o seu filho por amor a cada de um nós. O Nosso
Deus se doou, se sacrificou e amou pensando exclusivamente no nosso bem estar e
salvação eterna. Você já se deu conta que o natal é uma excelente oportunidade
pra nos aproximarmos daqueles que ninguém se aproxima além de exercermos
solidariedade com aqueles que precisam de amor e compaixão?
Conclusão
Acredito
que como portadores da verdade eterna, devemos aproveitar toda e qualquer
oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da esperança.
Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que nasceu, morreu
e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho nos foi dada,
e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia de proclamação
e evangelização.