sábado, 28 de agosto de 2010

Um pessimismo paradoxal.

Sou pessimista sim... porém um pessimista paradoxal. Acredito em todo tipo de melhoria através do testemunho cristão, porém não acredito na melhoria da política, nem no surgimento de um sistema de governo salvador. 

Fico pensando o que aconteceria se no Brasil, resolvessem atacar o prédio do senado, ou a câmara dos deputados como fizeram no World trade center? Melhoria ou prejuízo? Penso também se pessoas resolvessem encher o corpo de bombas e explodir em plena praça XV ou no centro de SP? Como regiríamos?

Por muito menos, já nos escondemos de nossas responsabilidades, nos esquivamos de falar o que pensamos e acabamos mentindo para não ferir o outro... Onde está a brava gente brasileira que não vê 9000 crianças passando fome somente em Niterói? Que não vê que grande parcela da população gonçalense vive abaixo da linha da miséria?

Por outro lado, percebo que há uma brava gente que inocentemente ainda batalha ardorosamente pela sobrevivência e que constrói um espaço melhor para se viver. Essa galera ta passando necessidade debaixo do nosso nariz, ta subindo e descendo o morro sob tiroteio e divide o que não tem com quem por incrível que pareça precisa mais que eles. É a turma que presencia horrores na vida pessoal e ainda tem forças para reagir e vencer as batalhas do dia a dia mesmo com apenas uma refeição mal feita por dia na barriga. 

Tenho pavor das esmolas dadas pelos abastados aos pobres. Tenho medo do assistencialismo e até peco por tamanho temor. Falo isso, porque quando Jesus parou para analisar ofertas que eram depositadas nos gasofilácios do templo, ele viu dezenas de pessoas abastadas dando aquilo que sobrava para os necessitados, enquanto uma viúva pobre depositou cerca de 2/4 do salário diário de um peão de obra na urna e emocionou Jesus. Não importa o valor da oferta, importa a motivação e a proporcionalidade da entrega. Quem dá o que sobra não se importa com o outro como deveria, mas quem divide o que tem e promove igualdade tem tudo. Porém essa é uma raça em extinção, e hoje quando penso em iniciativas para tentar equiparar as coisas, só vejo uma saída: Acaba logo mundo, para que chegue um reino de paz em que todos os homens sejam iguais e nivelados em poder. Mas, como diria Renato Russo... vamos com calma! 

Em ano de eleição, reflita se você vai assinar embaixo da desigualdade ou vai analisar os candidatos para que seu voto seja consciente.

E no mais, tudo na mais santa paz! 

2 comentários:

  1. Concordo com boa parte do texto, mas francamente, Renato Russo???????


    Fala sério vai......

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  2. vc nunca ouviu "Só por hoje"? Se tivesse prestado aenção no fim dessa música quando ele diz essa frase, teria tido outra percepção que não a da ótica preconceituosa.

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