domingo, 19 de julho de 2009

A espera de um milagre


Há algum tempo, assisti ao filme “A espera de um milagre”, e fiquei bastante comovido com o enredo do filme. Toda história é muito envolvente, bem trabalhada, e com um clímax tremendo! Que filme!

Mas o que eu gostaria de falar quanto a isso é sobre um pequeno detalhe que às vezes passa vazio, em branco por nossos olhos. É quando o personagem de Tom Hanks encontra-se com o prisioneiro, depois de Ter visto o dom que havia nele (ele curava pessoas através de um método não muito convencional), ele tomou uma decisão: oferecer a liberdade ainda que contra a vontade de todos os outros que o cercavam. O motivo? Ele não queria ser responsável por condenar a morte um milagre de Deus.

Pense bem no seguinte agora: Quantas pessoas temos condenado a morte porque não damos a elas a liberdade que precisam? Quantas mulheres tem sido mortas em suas casas quando os maridos as tem proibido de tomar decisões próprias usando como desculpa a submissão, transformam a submissão em escravidão e matam as suas esposas que não tem liberdade para escolherem do que gostam, o que querem fazer e etc... Pense bem quantos pais tem matado seus filhos por não os deixarem escolher entre a liberdade e a prisão exigindo que eles sejam aquilo que os pais não puderam ser, ou aquilo que os pais escolheram por ele que deveria acontecer, o que devem estudar, quem devem namorar e etc...

Agora reflitam sobre outra questão: Quantos líderes tem matado seus discípulos, quantos tem achado que é melhor mantê-los em prisões até que estejam prontos para a cadeira elétrica do ministério. Até quando essas pessoas que estão sendo oprimidas terão que pedir perdão a Deus pelo que são (como o personagem do filme), ou pelo destaque que temos tido em certas áreas? Até quando vamos estar tratando as pessoas com desconfiança como se elas fossem nos trair a qualquer momento e aí as soltamos de vez em quando com uma espécie de liberdade vigiada para que estas façam um salvamento de emergência onde não podemos mais alcançar ou onde é a especialidade delas? Será que estes vocacionados terão que agir como o prisioneiro do filme enquanto implorava para curar um animalzinho pedindo incessantemente: “DÊ-ME AQUI PODE SER QUE AINDA HAJA TEMPO...” para exercitarem seu dom?

Ministério não é cadeira elétrica, está sendo, porque não investimos em renovação, não temos olhado a frente, não temos pensado na necessidade das outras frentes e só nas nossas. Ainda estamos presos.

Na verdade há uma escolha que já foi feita a nosso respeito que temos que ponderar: “Você já foi escolhido por Deus antes da fundação do mundo, já foi selecionado em meio a milhares de pessoas”.

Que todos os líderes que estão lendo este artigo a começar por mim, comecem a olhar para todo o potencial que está disponível, mas que por enquanto está preso em cadeias que nós mesmos criamos para estas pessoas. Que nós possamos entender que a chave dessa liberdade que as pessoas esperam está em nossas mãos e que Deus não terá prazer em ver esse potencial lançado no lixo, ou sendo desperdiçado dentro de nossas igrejas. Ofereçamos aos milagres de Deus que se encontram em nossa igreja a opção de exercitar o Dom que há neles ou então seremos culpados e receberemos nosso pago pela responsabilidade que é matar um milagre de Deus. É por isso que dia após dia eu vos tenho meditado nessa Palavra que está em II Tim 1:6 Por esta razão te lembro que despertes o [dom] de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos.

E no mais, tudo na mais santa paz!

5 comentários:

  1. Muiito bom mesmo esse post parabens...

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  2. Me recuso a comentar, não posso correr o risco de ser injusto, alterando verdades.
    E, graças a Deus que você não esteve e nem está numa dessas "cadeias", pois seria muito chato não poder me alimentar com essas "pérolas".
    Graça e paz!

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  3. É isso aí Márcio!
    Quem tem ouvidos desentupidos que ouça!
    Abraços

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  4. É, sou obrigado à concordar! Muitos de nós, recebemos dons, e não exercitamos como deveriamos. Mas nem sempre escolhemos estar nesta prisão, mas a vida, outras pessoas nos colocam nesta prisão. Temos de nos libertar e sermos mais fortes, mas sempre respeitando o próximo. Pois sempre existirão pessoas que serão melhores do que nós, em algo. E todos devemos coexistir, em perfeita harmonia! Como dizia Jesus, nenhum senhor é maior que seu servo e nenhum servo é maior que o seu senhor. Todos somos iguais, filhos de Deus. Mas somente o amor, pode tapar as nossas diferenças. Leiam 1 Corintios 13 e saberão sobre este assunto em específico. ;)

    http://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/13

    No mais, paz e luz p/ todos!

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