domingo, 5 de julho de 2009

Amo a multidão, mas detesto o indivíduo


Atualmente, meu discurso na igreja tem girado em torno de uma palavra que verdadeiramente mexe com a minha cabeça: AMOR.
Mas como pode, uma palavra tão pequena mudar tantos conceitos e valores na vida de uma pessoa? É simples, é só relacionar essa palavra à outra palavrinha curta, mas muito poderosa: AÇÃO.

Conhecemos várias formas de amar, e quase todas elas são “platônicas”, por exemplo, quando vemos um candidato a missões declarar seu amor por um determinado país ou povo sem ao menos ter conhecido alguém dessa localidade, conhecido seus costumes ou experimentado açoites de facções ultra-radicais locais, devemos concordar que cabe um pouco de prudência ao se ouvir tal declaração;

Ao ouvirmos alguns líderes exclamarem dos púlpitos “Eu amo a todos vocês” devemos ponderar e levar em conta, quantas vezes essa pessoa amou a multidão e desprezou o indivíduo; Enfim se eu parar para enumerar tantas declarações e notas a respeito desse tipo de amor, não termino esse artigo hoje!

Prefiro confiar nas palavras dos apóstolos sobre o amor, nas declarações de João, nos testemunhos e na doutrina de Paulo, nos atos dos apóstolos que de tão importantes e contagiantes ganharam amplo espaço no Novo testamento.

Não devemos nos deixar enganar por aqueles que declaram muito e vivem pouco esse amor sacrificial da bíblia, porque alguns até se flagelariam para se promover. Paulo diz que “ainda que eu falasse todas as línguas... e que eu desse meu próprio corpo para ser queimado” se isso tudo não fosse feito “em amor” de nada serviria!

3 comentários:

  1. Pastor Márcio, gostei muito deste post! Concordo com suas palavras! Outra situação que exemplifica isso é quando os pastores pedem para que olhemos para o lado, abracemos o irmão e digamos que "o amamos em Cristo Jesus"... Interessante é chegarmos a conclusão de que nem sabemos o nome do irmão que estamos abraçando, como podemos afirmar que o amamos? No meio da multidão congregacional temos banalisado a palavra "Amor", pois nossos relacionamentos não têm mais se desenvolvido na comunhão individual, mas na Massa. Parecemos grandes condomínios "espirituais", onde muito mal damos "bom dia" ao nosso vizinho.
    Amor só se desenvolve na comunhão, no dia a dia com nossos amigos, e não dentro das grandes massas evangélicas (da qual fazemos parte); deve ser vivenciado no Caminho e materializado em atitudes!
    Mais uma vez parabéns pelo Blog!
    Grande Abraço,
    Rodrigo Vilas Boas

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  2. Dr. Rodrigo, belíssimo comentário, se fosse outro post com certeza faria o maior suceso com os amantes de uma igreja sadia! Deus te abençoe sempre, estou aqui para o que precisar!

    Abração
    Márcio de Souza

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  3. Esse post é PERFEITO!
    Concordo plenamente.
    Ah se pelo menos a maioria pensasse assim.....

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